O futuro da computação quântica e a internet
O que muda quando o “quântico” encontra a internet
A computação quântica não substituirá a computação clássica: ela funcionará como um acelerador especializado na nuvem, acessado pela internet — como fazemos com GPUs. Tarefas como simulação de materiais ou otimização poderão ser resolvidas de forma muito mais eficiente com qubits.
- Serviços em nuvem quântico-acelerados (QaaS) acessados por API.
- Cadeias híbridas: pré/pós-processamento clássico, núcleo quântico.
- Novos protocolos de rede para tráfego quântico + IP.
Impacto direto na criptografia da internet
Adoção de criptografia pós-quântica (PQC)
Como a computação quântica pode quebrar métodos clássicos (como RSA), novos algoritmos resistentes a quânticos estão sendo padronizados e integrados a TLS, VPNs e sistemas críticos.
Transição em camadas e “híbrida”
No curto prazo, veremos handshakes híbridos (clássico + PQC) em TLS 1.3. Grandes empresas e governos já estão mapeando e atualizando seus sistemas.
Linha do tempo estimada
- 2024–2026: padronização + pilotos com navegadores e servidores.
- 2027–2031: PQC exigido em ambientes críticos.
- 2030–2035: migração da maior parte do tráfego sensível.
“Internet quântica”: o que é e para que serve
Trata-se de uma rede quântica paralela, não da internet tradicional, que conecta nós quânticos entrelaçados para:
- Distribuir chaves quânticas (QKD).
- Teleportar estados quânticos entre processadores remotos.
- Aplicações futuras como redes de sensores e computação distribuída.
Componentes técnicos principais
- Qubits de rede com memórias quânticas.
- Repeater quântico para longas distâncias.
- Backbones de fibra e satélites para coberturas remotas.
Onde estamos hoje
- Hardware: chips com correção de erros e modularidade crescente.
- Nuvem: Acesso via internet a qubits reais e simulados.
- Rede: Testes em fibra real e satélites em desenvolvimento.